segunda-feira, abril 09, 2007

Mudanças e tentativas

Ela tinha chego. Depois de três dias sem vê-la, chego exausto em casa e a vejo quando subo a escada. Não tinha falado com ela durante esses três dias; nem por telefone. E durante esses três dias, como eu vi que a vida é dificil sem ela.
A primeira coisa que pensei quando a vi, foi da-la um abraço forte, daqueles bem saudosos e supridores de necessidade, depois um beijo e, aí sim, falar com ela.

Mas não foi nada disso que aconteceu.
Antes de adentrar o quarto ela já veio com todos aqueles benditos três dias acumulados. Falou de coisas que eu fiz, não fiz, e que eu pensei em fazer e era errado. O beijo foi pro beleleu, o abraço então... passou longe.
Aquilo que eu pensei que tiraria meu cansaço, traria sorriso pras nossas bocas, foi por água abaixo.
Parei de ouvir tudo o que ela falava, parece que meu ouvido desligara e voltava a ser o mesmo que vinha dirigindo em direção pra casa. Toda aquela esperança que durou três ou quatro degraus desapareceu.

E de que adiantou aquilo? De que adiantou aquele assassinato à minha instantânea alegria? De que adiantou a minha tentativa espontânea de ser carinhoso?
Foi a primeira vez que isso aconteceu. Foi a primeira vez que tive aquela vontade, foi a primeira vez que ela cortou minha vontade.
E será que ela percebeu? E será que isso um dia pode ter volta? Será que vale a pena não fazer as coisas valerem a pena?
O que eu temo é a falta de dar o braço a torçer, o distanciamento das pessoas à mudança, à tentativa de fazer as coisas melhorarem.
Eu tentei, ela já deve ter tentado. Mas o que me assusta é essa sobra de desconfiança sobre uma atitude boa.
Devo eu tentar de novo?

Cauã