quinta-feira, outubro 01, 2009

Diferenciabilidade

Foi pior do que eu pensava que seria. Bem pior!
Pra mim parecia que ia ser fácil, passei um mês me acostumando com aquela ideia, na minha cabeça já estava tudo decidido.
Mas não poderia ser simples, se fosse, é porque ia continuar onde estava. Precisava de um ponto final, EU precisava de um ponto final, eu precisava por esse ponto final.
Nunca me dei bem com coisas mal resolvidas, afinal, são mal resolvidas. Nunca me dei bem com liberdade demais, nunca tive muitos limites, sempre precisei de alguem pra me impor limites.
Liberdade em excesso e muitas coisas não resolvidas me transformaram numa pessoa estranha muito diferente e totalmente desapegada às coisas, às pessoas. Um confuso que só sabia o que era sentimento.
Isso eu sabia e sei até hoje. E foi por causa deles, desses sentimentos que ficaram guardados por longos meses, que não foi fácil.
Mesmo depois de sucetivas sessões de realide e atividades constantes de esquecimentos, os sentimentos continuavam lá, só tinham se mudado pra algum lugar que eu não sabia. Como tesouro que se enterra mas perde-se o mapa.
E ela veio pra me ajudar a achar. Ela já sabia onde estava, mas foi uma busca complicada. Entre perdas e descobertas, encontramos um caminho. Um caminho que se ramifica pra duas direções diferentes.

Foi bem mais dificil do que eu imaginava. Continuar no meu caminho e ver ela ter que seguir outro foi dolorido. Falar pra ela que aquele caminho a seguir era o único, foi dolorido. Dizer que ela teria que esquecer o caminho de volta e nunca mais olhar pra tras, foi dolorido. Mas o pior de tudo foi me deparar sozinho, naquele mesmo caminho que sempre segui, agora com muito menos limites e com as coisas resolvidas, mas com a impressão de que nunca terei uma companhia tão boa quanto aquela que tinha acabado de me despedir.
Pra sempre.
Ou não.
Ninguém sabe as curvas que os caminhos fazem.

Setembro/2009