segunda-feira, dezembro 14, 2009

São Paulo, quem curte?

Já fui à São Paulo acho que umas 6 vezes. Só em 2009 foram três - e espero que fique nisso pois meu bolso não suporta por enquanto. As seis foram bastante diferentes. Essas de 2009, então, uma mais diferente que a outra. Mas todas sempre com algumas coisas em comum.

Em 2003 eu passei por lá numa dessas excursões de 15 anos que vão pro parque beto carreiro (carrero?), fui com amigos que se tornaram muito mais amigos depois daquela viagem e que serão amigos pra sempre, independente da distância ou do contato. Fiquei num hotel bonito, joguei boliche e depois fui pro hopi hari. Foi bem curtinho, mas deu pra ver que eu ia curtir aquela cidade.

A mais estranha foi a de 2005, onde eu tava fazendo convênio e viajei pra um acampamento para crianças onde só se falava inglês, uma coisa muito estranha pra um cara de 17 anos que não era formado. Lá conheci pessoas maravilhosas que vou lembrar pro resto da minha vida, conheci a avenida paulista, viajei de avião pela primeira vez e descobri o prazer por cervejas raras e caras.

Em 2007 a vida já era muito diferente. Eu ja tinha entrado na faculdade e já trabalhava. Mas voltara pelo mesmo motivo de dois anos atrás, ir para o acampamento de crianças que falavam inglês. Dessa vez iria como tranie e monitoraria as crianças que passariam por onde eu já tinha passado uma vez. Eu já bebia muito mais e passei bem mais tempo na cidade. O acampamento acabou não rolando por culpa da direção, mas acabei convivendo com pessoas que eu não conhecia muito bem na época. Passei 17 dias hospedado no mesmo quarto que o Ivan, uns 10 o Zé Netto passou lá com a gente e todos os dias que eu estive lá eu saí com o Rod e a Ale. Foi a primeira vez que eu vi como spcity é no dia-a-dia, lá também encontrei com Murilo, Tauin e Aninha que me ajudaram a conhecer a cidade culturalmente, o que me ajudou a conhece-la melhor ainda.

Continuando a tradição de números ímpares, em março de 2009 eu voltei lá pra passar um fim-de-semana e ver o show de uma banda que eu só conhecia o último cd. Dessa vez fui com muitos conhecidos, dormi muito pouco, bebi muito, passei vergonha, dancei em cima da caixa de som, peguei uma doida que eu não conheci e nem lembro, me apeguei muito mais a pessoas, que mereceram um post especial pra elas aqui.
Se ler o texto não tem muita coisa pra explicar e tem muito a se entender.

Em Agosto desse mesmo ano eu voltei. Fui com um objetivo e voltei com outro totalmente diferente, com a cabeça totalmente mudada; com outras vontades, com outras experiências, com outros pensamentos, com muito mais informação do que eu tinha chegado e também rendeu um post bem curtinho - como devia ser, sem muitas informações - bem aqui.

Voltei pela terceira vez no ano agora em dezembro. Ia passar só quatro dias pra ir a formatura do meu melhor amigo, que seria em são carlos, e passei dez devido a um curso que apareceu no dia que eu estava indo e veio como uma ajudinha do destino pra deixar tudo cada vez mais complicado. Dessa vez eu descobri que não tenho mais limites pra bebida. Descobri que a cidade ta perdendo a graça e a única coisa que vale mesmo são as pessoas que moram nela e que vão pra lá junto comigo. Descobri que quando meto uma coisa na cabeça eu ainda consigo ir até o fim. Descobri que preciso ficar mais sóbrio e tentar resolver as coisas desse jeito. Descobri que meu problema em ter ciúmes de coisas que não são minhas ta aumentando. Descobri que adoro Belém em dezembro, que as chuvas daqui durante a tarde me fazem bem. Descobri que eu tenho mesmo é que me focar nas coisas que eu quero pro resto da vida. Descobri também que todas as outras coisas me fazem um bem danado. To descorindo que saudade é um negócio que te deixa velho mais rápido, que te faz fazer umas coisas que tu não fazes normalmente e que te deixa meio bêbado.
Fiz muitas metas pra 2010, muitas delas são totalmente diferentes de tudo que vivi em 2009 - o ano que mais fui à São Paulo -, mas eu sei que eu vou voltar lá, mesmo sendo 2010 um ano par.

Argentina vem por aí, outro país, mais coisas pra descobrir, mais coisas pra se confundir, mais línguas pra falar, mais coisas pra um macaá ver, mais histórias pra contar.