domingo, junho 15, 2008

Capítulo 3: Meus 20 anos

Um dia, quando eu for um velho já bem-sucedido que não trabalha tanto, viaja bastante, conhece muita gente e não liga muito pra que os outros pensam, vou escrever um livro sobre os domingos.

Mas pra isso eu preciso de memória, porque histórias eu já tenho. Na verdade, o domingo, em 90% das vezes se faz em consequencia do sábado. O sábado é um dia cheio, rápido e conturbado, o domingo é um dia cheio também, demorado e sonolento.
Cheio de pensamentos, cheio de cama, cadeira, céu, água, família, tv, computador, pensamentos e vazio. Domingo é dia de ficar só, é dia de não falar muito, é dia de olhar e não conversar. Domingo tem ressaca, moral ou não. Vergonha combina com domingo.
Isso é esse domingo. Domingo não é sempre assim, eu sei. Se eu sei de uma coisa, é que os meus domingos vão mudar com o tempo, assim como já mudaram.
Quando for fazer o livro, quero lembrar desse domingo, que demorou muito, que não quer acabar, dolorido pelas pernas e cheio de pensamentos. Domingo é um dia bom pra decidir um monte de coisa. Hoje eu decidi. Quero uma memória boa pra lembrar dessas decisões um tanto indecisas e poder divagar sobre as consequencias delas. Não quero mais um monte de coisa e quero mais outro monte.
Agora é hora de encarar a segunda e começar a por em prática as decisões.

Um comentário:

S disse...

Particularmente, eu tenho certos domingos que preferia nem lembrar.