quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Nem sempre sozinho no escuro

Sempre quis entender as Madrugadas. Elas tem algo que nem um dia inteiro consegue ter. Talvez seja por, nas madrugadas, todos se sentirem meio especiais, onde todos dormem, você está lá, acordado, observando-a, compartilhando sua insônia, seu dia, sua música, seus pensamentos, tudo aquilo que não floresceu durante o dia com ela, a bendita Madrugada.
Nesse clima de que tudo é novo mesmo que você já tenha passado por aquilo várias vezes, ou até diariamente.
Madrugada é descanso, é reflexão sobre o dia, é expectativa de amanhã, é nostalgia das besteiras da semana.
Por isso que ela é tão tão. Porque querendo ou não, todo mundo acaba tendo que viver no dia e, quando pode, viver a madrugada é sempre fascinante!
Queria que o tempo que me sobra na Madrugada fosse o mesmo que não existe de dia. Queria que a criatividade e o turbilhão de pensamentos que surgem depois das 1 hora da manhã fossem os mesmo de 1 hora da tarde. Queria a mesma coragem e vontade da Madrugada, queria a mesma paixão, a mesma intensidade, o mesmo sabor!
Além de tudo, quero que a Madrugada continue Madrugada, não saia disso e que eu continue sempre encontrando com ela assim, casualmente.
Melhor se esses encontros forem frios e chuvosos e nem sempre sozinhos.

Cauã com insônia

Um comentário:

mim disse...

ah, só pra deixar dito que o texto tá ótimo, pra variar..