quinta-feira, junho 19, 2008

Casamento de Sangue

Os dias são os de hoje, a época é a mesma que a nossa, os costumes, a cultura. São os mesmos que criamos nossos filhos, porém tem algo diferente.
Um nasceu livre, com um mundo inteiro pra correr na velocidade que quisesse, nasceu livre para não se preocupar com coisa alguma nem com alguém. O outro já nasceu no mundo do Um, nasceu grudado a ele um ano depois, na sua vida nunca existiu a palavra 'sozinho'.
Assim que o Outro nasceu os dois se casaram. O casamento não foi algo extremamente luxuoso ou festivo, foi um casamento simples com seus devidos cerimoniais de praxe.
Eles foram indo, vivendo casados, um não imaginava a vida sem o outro - e vice-e-versa. Cresceram juntos como todo casal, enfrentando momentos difíceis, momentos bons, brigas e felicidades. Nunca se desgrudavam, enjoaram-se um do outro inúmeras vezes e, nem por isso, se separaram.
Hoje em dia Um conhece o Outro mais até que si mesmo. Isso pode ser também a causa de muitos problemas, onde pensam que conhecem mais o outro e acabam esquecendo que de vez em quando se erra e o outro de vez em sempre muda.
Só que é imutável, todo casamento acaba um dia, assim como tudo na vida. Mesmo que a cada dia o amor entre eles fortaleça, eles sabem que a cada dia o fim do casamento se aproxima. Um dia cada um vai arranjar uma esposa, filhos, viver sua própria vida Um longe do Outro. Eles terão que seguir seus caminhos, não poderão viver juntos para o resto da vida, eles são diferentes demais pra isso.
Mas eles continuarão os irmãos que sempre foram, casados ou não, dormindo ou não no mesmo quarto, continuarão aprendendo um com o outro porque o amor deles é muito forte para uma separação.

quarta-feira, junho 18, 2008

Máxima e Mínima

Belém deu tchau às estações do ano!
Tá, por mais que Belém seja famosa por chover o ano inteiro e ter muitas mangueiras, é fato que no período de Junho à Agosto a chuva da uma boa trégua. Eu digo com muita certeza, há anos eu reparo no clima dessa cidade, nas chuvas, na temperatura, na apresentadora - que é sempre a mais bonita - do clima na tv... Quase tudo! E digo com muita certeza que Belém ta diferente esse ano.
Aquecimento global de cu é rola, porque chuvinha à noite e de manhã é coisa de início de ano, 24 graus nem rola.
Hoje foi chuva o dia inteiro, desde ontem à noitinha. Ela deu uma trégua de no máximo duas horas e lá veio ela de novo! Agora parou - ou ta chuviscando beeem fraquinho - e não duvido que volte a chover mais tarde.
É por isso que eu sempre digo que 2008 ta dando uma forra, com chuva o ano inteiro, temperaturas amenas de vez em quando e milhões de outras coisas mais.

Então que venha Julho, Julho é diferente de qualquer outro mês, tudo diferente, e vamo ver qual é o papo de 2008

domingo, junho 15, 2008

Capítulo 3: Meus 20 anos

Um dia, quando eu for um velho já bem-sucedido que não trabalha tanto, viaja bastante, conhece muita gente e não liga muito pra que os outros pensam, vou escrever um livro sobre os domingos.

Mas pra isso eu preciso de memória, porque histórias eu já tenho. Na verdade, o domingo, em 90% das vezes se faz em consequencia do sábado. O sábado é um dia cheio, rápido e conturbado, o domingo é um dia cheio também, demorado e sonolento.
Cheio de pensamentos, cheio de cama, cadeira, céu, água, família, tv, computador, pensamentos e vazio. Domingo é dia de ficar só, é dia de não falar muito, é dia de olhar e não conversar. Domingo tem ressaca, moral ou não. Vergonha combina com domingo.
Isso é esse domingo. Domingo não é sempre assim, eu sei. Se eu sei de uma coisa, é que os meus domingos vão mudar com o tempo, assim como já mudaram.
Quando for fazer o livro, quero lembrar desse domingo, que demorou muito, que não quer acabar, dolorido pelas pernas e cheio de pensamentos. Domingo é um dia bom pra decidir um monte de coisa. Hoje eu decidi. Quero uma memória boa pra lembrar dessas decisões um tanto indecisas e poder divagar sobre as consequencias delas. Não quero mais um monte de coisa e quero mais outro monte.
Agora é hora de encarar a segunda e começar a por em prática as decisões.

terça-feira, junho 10, 2008

Finito infinitável

Um defeito ou uma qualidade? É questão de ponto de vista ou uma característica marcante? Só sei que não sei terminar as coisas.
Durante uma viagem cansativa e sonolenta fiz aquela breve reflexão sobre a vida que aquele clima de estrada nos proporciona e reparei no quanto tenho coisas inacabadas, mal acabadas, projetos não concluídos, sonhos realizados pela metade, desejos mais ou menos satisfeitos...
Desde aquela vontade de ter um grupo de teatro, fazer uma peça ao trabalho da universidade e ao caixa que não bate todos os dias.
Sempre tá faltando alguma coisinha, sempre tem algo que impede de ir até o final, sempre tem eu que não consigo ir até o final, sempre tem a minha vida e de todos ao meu redor super desorganizada.
Não finalizar as coisas é uma arte, é a arte de deixar sempre aquela lembrança, é aquele vontade de não se livrar de algo por puro gosto ou simplismente preguiça. É ver uma pedaço da vida e lembrar que tem milhões de coisas pra terminar no pedaço anterior e imaginar o quanto ainda vou poder deixar no pedaço que vem.
Por ser alguém totalmente sem memória e totalmente nostálgico, gosto de ter em mim a falta de algo que, por ser a falta, é a sobra. Sobra de amores, sobra de paixões, sobra de deveres, sobra de decisões, sobra de ações, sobra de deveres de casa, sobra de trabalho, sobra de sono, sobra de sonhos...
Eu já consegui terminar algumas coisas, mas é chato. É chato porque depois de termina-las, da vontade de jogar fora, da vontade de esquecer, da vontade que aquilo não ocupe mais espaço porque, se está terminado, não precisarei de novo.
Quero tudo pra sempre comigo, quero poder abraçar tudo aquilo que acho que ainda me pertence, quero poder ter que inventar coisas nas coisas já terminadas só pra deixa-las incompletas.
Na viagem, acabei por decidir que gosto de não terminar as coisas, não é nem uma característica marcante, nem um ponto de vista, nem defeito nem qualidade. Sou eu. E eu vou assim, de um jeito meu de ir, terminando as coisas incompletas que não tem fim e nem ponto final...

segunda-feira, junho 09, 2008

Já pensou nisso?

Tenho algumas características bem fortes que provavelmente só eu seio quão fortes são. Uma é pensar bastaaante antes de falar algo e a outra é odiar bastaaante quando alguém me manda ou pede pra fazer algo que eu já tinha pensado em fazer. De tanto ter essas características tão forte eu acabei por criar outra que está se tornando mais forte ainda: a de falar o que eu estava pensando.
Há algum tempo que comecei a reparar nisso e a cada vez eu comprovo que estou ficando mais maníaco!
Ta se tornando um vício desnecessário, alguém fala que hoje está quente e eu digo "pois é, estava pensando nisso"; alguém fala sobre algum programa de tv e eu comento "é, já tinha pensado nisso"; eu e outra pessoa olhamos para o mesmo lugar, consequentemente acabamos pensando na mesma coisa e, enquanto eu penso, essa pessoa fala algo e eu digo que estava pensando a mesma coisa que ela.
É muito chato porque eu acho que já estou falando sem pensar e acabo dizendo que já estava pensando em tudo, mesmo sem pensar. Virou tipo um "cara", que eu falo no começo de cada frase.
Fora que vão acabar pensando que eu sou mentiroso, por mais que não seja mentira e nem possa se considerar uma mentira de verdade, de tão insuportável, vou acabar ficando mal visto pela sociedade.

Esse post ficou meio perdido porque, como eu já estava pensando, meu horário de descanso acabaria antes de eu terminar esse texto.

domingo, junho 01, 2008

Maldito Chocolate

Eram 18 horas passadas de um domingo chuvoso e moralmente ressaquiado. Ele comia pringles deitado no sofá lendo o jornal de sexta. Ela comia brigadeiro andando pela casa à espera de um telefonema.
Ele pensava que ela não pensava que ele pensava sobre ela, mas ela pensava. E pensava muito! A quantidade de pensamento era diretamente proporcional à quantidade de colheres cheias de brigadeiros no dia. A quantidade de medo que ele tinha era inversamente proporcional à vontade que ele tinha de saber as notícias de sexta. Tudo o que ele queria era estar com ela, abraça-la, beija-la... Mas tinha medo. Tinha medo dela, tinha medo dos pensamentos dela, tinha medo dos olhares dela (e da ausência deles), tinha medo daquele brigadeiro dela que tanto multiplicava sua raiva por ele.
Aquele brigadeiro... Aquele brigadeiro, pra ele, era o catalisador de qualquer estresse que ela tinha, era o que sensibilizava cada pensamento desconfiado, cada devaneio inseguro. Aquele brigadeiro já não exercia mais uma função de brigadeiro pra ela, ele era um companheiro, era um amigo, era aquele amigo gay que a entendia sem que ela falasse o que sentia. E mais: fazia o que ela mais queria naquele domingo, por a culpa nele. O brigadeiro era um dedo-duro, falava pra ela inconscientemente que o rapaz do jornal atrasado era um chato, insensível, feio e cheio de defeitos. E um desses defeitos era deixar ela comer aquele brigadeiro.
Ele sabia muito bem - mesmo que ela nunca tivesse dito, ele tinha que saber! - que aquele brigadeiro fazia mal pra ela, que ela não podia comer porque estava de dieta, que ela tem alergia à nescau, que ela odeia leite condensado que não é leite moça! Mesmo assim aquele canalha continuava fazendo ela ter vontade de comer aquele brigadeiro traidor!

Depois dela acabar a segunda panela, ele ligou. Ela não atendeu, muito puta por ele só ter ligado agora - depois da segunda panela, po!! - ela foi fazer mais um pouco. Ela já estava dependente daquele viadinho moreninho e docinho.

Ele ligou de novo. Ela já estava chorando sobre a panela e atendeu.

- Ooooi, e aiii?
- E aqui o que?
- Como cê ta? Tá fazendo o que?
- To bem.
- To com saudade, vamo fazer alguma coisa?

Como ele tem coragem?? Ela já estava com o botão do short aberto e ele queria vê-la?! Ela estava muito feia, com a cara inchada...

- Passa aqui, quero falar contigo.
- Nossa, eu também, depois que eu sai daí ontem aconteceu um negócio muuito bizarro.
- Ta, traz um diamante negro pra mim.

Pronto, ela já tinha como por a culpa nele. O resto do Domingo foi normal, chuvoso e mais uma vez eles conseguiram se despedir com aquele risinho feliz no rosto.

domingo, maio 25, 2008

100 anos para salvar o mundo

Me enrolo em palavras e laço-me em dúvidas. Correntes de perguntas me prendem ao que eu nunca pensei em ser, o vento é frio, a garganta é seca, o suor é quente e o aperto é forte. Não sei o que é isso, não sabes o que é isso, eles não sabem, ninguém vai saber! Ficará escondido em cada toque, em cada olhar... Ficará perdido em todos os sentimentos, nas saudades, nas palavras, no sonhar...
Deixemos o mistério nos guiar pelo caminho há muito tempo já conhecido. Que nos entregamos à dúvida da certeza e que nos surpreendamos com tudo aquilo que já vimos antes.

quinta-feira, abril 24, 2008

Um chopp? Não, uma água por favor

à vezes eu me canso de mim mesmo, não me canso por completo, mas me canso de algumas coisas... Me canso de algumas atitudes, me canso da aparência, me canso das pessoas que eu costumo me cansar, me canso de cansar das pessoas...
Cansaço é algo que vem de coisas que temos estado repetindo já com certa dificuldade. Me canso das minhas atitudes com alta frequência, canso fácil, pois rápidamente meu corpo não aguenta muitas repetições, canso fácil do marasmo.
Minha aparência me cansa pelo simples fato de não ser a mesma, mesmo querendo que seja. E, quando é, acabo me cansando dela também. Não é um cansaço muito cansativo porque demoro a sentir essa fadiga, tenho um fôlego bom quando o assunto é aparência. Mas canso.
Me canso das pessoas porque se elas não mudam do mesmo jeito que eu mudo eu acabo me cansando por elas não mudarem. Canso muito das pessoas! Mas ao mesmo tempo que elas me cansam, elas me dão muito fôlego! Um fôlego absurdo! São tão revigorantes quanto àquela água gelada no final da corrida, trazem meu fôlego de volta ao mesmo tempo que o tiram de mim, um mal necessário para a minha sobrevivência. E pelo fato delas serem esse mal necessário, me canso de cansar delas, porque não era pra cansar, mas eu canso.
Tem muita coisa que me cansa, mas não estou cansado. Tem muita coisa que me dá fôlego, que me joga pra cima, que me refresca, que me massageia, que me faz não sentir dor. E sou um cara descansado.

quinta-feira, abril 17, 2008

Notícias diferentes de um cotidiano

Tenho acordado tarde ultimamente. Não é por preguiça, quero dizer, a preguiça não é o fator principal. É pelo simples fato de eu não ter que acordar cedo por não ter o que fazer cedo. E isso está me deixando muito preguiçoso e alterando todo meu sistema biológico acostumado a acordar cedo e dormir tarde. Sabe aquela velha história de quanto mais se dorme, mais a vontade de dormir aumenta.
Tenho um problema sério com sono! Tenho um sono totalmente revoltado com meu estilo de vida e costumo cochilar e querer ir pra cama nos momentos mais impróprios. E vice-versa. E agora ele já estava até se acostumando com a minha vida...
Estou tentando acordar quinze minutos mais cedo todos os dias até conseguir voltar a acordar às seis e meia da manhã como era de costume.

Hoje dei bom dia ao meu irmão quando eu acordei. Já é um bom passo pra voltar a ser feliz quando acordar, mesmo que o meu irmão pense que eu estou louco ou virando fresco. Hoje não tomei café da manhã e durante essa semana eu descobri eu gosto MUITO do meu trabalho! E é um 'MUITO' assim mesmo, com caps lock ativado e bem extravagante. Essa foi a descoberta. Eu sempre soube que gostava do meu trabalho, mas não sabia que era tanto assim.
Passei a semana sem ter que fazer muita coisa e hoje eu tenho trabalho pra caramba, mas estou com preguiça porque tenho acordado muito tarde ultimamente. Mas como eu gosto MUITO do meu trabalho eu vou faze-lo com todo o amor e qualidade a mim exigidos.

segunda-feira, março 24, 2008

Sua nota é zero!

Zero mesmo! Nada! Com tudo na frente! Isso mesmo, você poderia ter tirado no mínimo 10 pontos a mais e não conseguiu. Tente melhor da próxima vez.
Dar notas é um grande erro, principalmente quando a nota é boa! Dar um 10 pra uma pessoa significa que ela é perfeita, que não teve erros ou cometeu deslizes em qualquer coisa que seja. Ta, quem é perfeito? Pense em todas as pessoas que você conhece e escolha uma, só uma, que você daria um 10 com a maior certeza, sem pensar duas vezes. E, se falar sem pensar, não vai poder se arrepender.
Duvido que mesmo pensando um dia inteiro você não consegue achar alguém que realmente mereça um dez.
Então chegamos à nossa primeira divagação: dar um dez pra alguém é a coisa mais falsa que se pode fazer.
Depois da nota 10, a que eu tenho mais medo é a nove e meio - e todos aqueles décimos que ficam entre eles. Sabe aquela história de que o segundo lugar é o primeiro perdedor? É mais ou menos por ai... O que eu fiz de errado pra merecer um 9,5? O que aconteceu naquele momento que me levou a fracassar? Tinha tudo pra me sair "perfeito" e estraguei tudo. Pior que um dez e um nove e meio é ficar sabendo que por pouco sua vida não toma um rumo totalmente diferente. E diferente pra melhor, porque um dez teoricamente muda totalmente a vida de uma pessoa.
Mas dez não existe teoricamente e então esse seu nove, vírgula, cinco, não significa nada. Sua vida continua a mesma, você continua fazendo as coisas bem, mas não vai passar disso. Você ganhou só um nove e meio.
Segunda divagação: de 0,001 à 9,9999 nada faz diferença na sua vida, você só vai chegar cada vez mais perto do maior fracasso.
Agora quem já pegou um zero levanta a mão! Quem já chorou sentado no canto do quarto com medo de que as moscas sequer pensassem em ver que você tirou um zero. Se você alguma vez, dignamente, recebeu um zero, lembra da sua vontade estúpida e motivante de tirar uma nota melhor. Lembra da sua ânsia pela perfeição e a cólera de ser desgraçado com um lindo zero.
Não dou mais que 4 segundos pra você me dizer o que um zero pode fazer diferente de um 2 - ou até mesmo de um 1 - e que é melhor se sentir desastroso a sentir-se alguém que da pena. Agora dou duas semanas pra você me dizer quantas pessoas não desistiram recebendo um 3 ou um 0,5 (cuidado pra não estourar o servidor do blog).
Enfim, chegamos à terceira divagação sem nota, pois concluímos que as notas, além do zero, só fazem confundir a cabeça do avaliado.

Sabe, desejo que você nunca mais seja avaliado, que nunca mais compare ou seja comparado numa tabela de 0 à dez ou de zero à 1.000, que seja. Que o seu nove e meio não lhe faça pensar que você já tem quase tudo. E que, se um dia receber um dez, lembre que o critério de avaliação é de dez à um milhão. Desejo também que você receba muitos zeros, que o mundo seja recheado de zeros, que eu receba muitos zeros e que as pessoas tenham muita raiva e sempre tentem sair desses zeros que nuca vão nos deixar!

(E ai, que nota você da pra esse texto?)

quarta-feira, março 19, 2008

Grrrrrrrrrrrrrrrrrr

Raiva do computador dar tela azul na hora que eu to postando! Raiva de eu clicar o negócio de postar e sair escrevendo que nem um doido! Raiva de não ficar salvando o texto! Raiva desse auto-save não funcionar! Raiva da minha vontade de escrever ir por água abaixo depois de perder quase todo o texto! Raiva de não ter mais tempo aqui no trabalho pra tentar reescrever tudo de novo!

Ah. Era um texto legal até...

quinta-feira, março 13, 2008

I am glad of never know you

You always told I was a good guy. Your words seemed like rain on my face. I'd never leave you, but now, I need to do this.
I got through a different world, I've never seen so many different and magic things, but it has to end tonight.
I am full of lies, I can get no more satisfaction, I have to tell you I love another person. I knew her when I see you in the first time. She was in front of you and she was as pretty as you, you and she had the same curves, smile, eyes, noses... But you and she were different people.
When I met you, I was completely in love of you, but she was always in my mind. As much as I got inside your world, I thought of her.
I have to tell you killed her. You are a fucking murder! You killed my only hope.
When I saw you, I thought you were the same person, but you weren't. You are the best person that I have ever met who can seem like anybody totally different at first time.
I am tired to try to fake myself. The magic things have passed and I don't see anymore reasons to stay with you. I gave you too many chances to change, but you think this is the best you can do. No. It is not!
The summer came on me and the rain doesn't fall on my face anymore, your words don't matter to me.
I was just thinking of who is going to shoot the first bullet, you, me or her.
Good bye, honey, because now you are eating my heart seasoned her soul. I became a reason-less person and I realized that the best thing I could do was live with her on my thoughts, in the haven.

I shot first. In my heart.

terça-feira, março 11, 2008

Já te contei isso?

Tenho pensamentos compulsivos. Não consigo ficar sem pensar comigo mesmo, conversando, discutindo, analisando, discordando, concordando ou, até mesmo, brigando com meus próprios pensamentos.
To pra assumir minha dupla personalidade - ou até múltipla - de tão grave que ta o negócio! Demoro pra dormir e acordar por ficar no meio de uma briga entre dois Maurícios, um preguiçoso e outro elétrico. Demoro pra agir porque sou a corda de um cabo de guerra disputado entre o Maurício conservador e o Maurício liberal. Pior que isso, to virando um louco! De tanto pensar, tenho criado meus próprios amigos dentro de mim, tipo uma dessas lendas gregas bizarras. Mas ainda não decidi qual é a mais estranha - Maurício Cult e Maurício Nerd ainda não chegaram numa decisão.
Já virou um vício, toda vez que vou falar algo, faço uma plenária entre todos esses Maurícios dentro de mim e em fração de segundos faço eles decidirem se falo ou o que falo. Isso é até legal, tenho me tornado alguém meticulosamente despojado que fala coisas corretamente inadequadas nos momentos necessários.
Só que, como disse (disse?) isso ta me deixando louco. Por várias vezes tenho ficado atordoado, repito a mesma coisa pra mesma pessoa umas três vezes. Me confundo se eu disse mesmo ou se eu só tinha pensado em dizer. Ou, quando não, acabo causando certos problemas por não falar certas coisas que devia, que tinha pensado tanto que, de tanto pensar, pensava que tinha dito.
Acho que já pensei em escrever esse texto bem umas quinze vezes na última semana, por duas pensava até que já tinha escrito e em três vezes eu não sabia nem o que eu tinha pensado. Pior que isso são as vezes que eu escuto algo de alguém e mais tarde penso que isso é fruto da minha imaginação e que a pessoa não disse aquilo. Estou tendo mania de achar que adivinho o que as pessoas dizem porque já disseram.
Esse aqui é um diagnóstico de confissão de loucura. Quem souber como para isso, me avise. Mas avise três vezes, mande um e-mail e deixe um scrap e um comentário no fotolog pra eu não achar que isso foi um simples sonho ou um entre milhões de pensamentos.

Gratos de sua atenção.

Cauã- Maurício, Maurício-Cauã, Cauã-Cauã, Maurício-Maurício, Caurício, Mauã etc...

terça-feira, fevereiro 26, 2008

Season Finale

De tempos em tempos uma idéia fica mais fixa na minha cabeça: A vida é um ciclo. Não é novidade nem mesmo surpreendente eu escrever sobre isso aqui, devido à cada vez que eu penso nisso, é porque essa idéia está se concretizando na minha cabeça.
Ainda está em fase de observação, mas vou lhe revelar uma idéia que, como disse antes, cada vez mais fica certa pra mim. Existem temporadas do ano, anos de décadas, décadas de séculos e séculos de milênios que se destacam por ser épocas de amor extremo ao próximo e épocas de absurdo amor pessoal.
Algumas vezes por ano eu noto que não sou só eu que fico mais carente, mais preocupado com alguém, mais afetivo, resumindo: querendo companhia permanente. Assim como existem épocas que eu fico louco, nada importa pra mim a não ser eu mesmo, é o período de mais surtos de pensamentos, beijos na boca, porres, e tudo que seja intenso.
É Fato! Nunca deixou de acontecer do mesmo jeito que nunca deixou de repetir. Estou esperando mais alguns anos pra concretizar essa teoria na minha mente e ganhar algum nobel de experiência própria por isso.

Só que, além de tudo isso, mesmo entendo cada vez mais sobre mim mesmo, em como eu ajo e penso enquanto a minha vida anda, o que eu fico mais maravilhado é como essa vida cíclica me surpreende à cada "repetição". Criatividade assim nem o melhor roteirista da melhor série não conseguiria ter. Ao mesmo tempo em que tudo se repete, tudo muda. O mundo inteiro vai ficando diferente e a minha história vai ficando cada vez mais interessante!
Nesse meu estudo pessoal sobre a minha vida repetidamente diferente, a primeira coisa que concluí foi que o maior entretenimento que eu posso ter é minha própria vida!
Acabei me viciando nesse programa e descobri que estou naquela temporada de transição, de greve de roteiristas, troca de personagens, mudanças de sets de gravação e horário de exibição. Ou seja: Uma mistura de tudo onde tudo tem seu lugar certo. E eu, como ator principal, vou tentando encaixar tudo no seu lugar. E, pelo que tudo indica, a próxima temporada vai ser tão legal como foi a anterior!

Cauã

sábado, fevereiro 16, 2008

Estupre você mesmo então

O que eu tinha que fazer agora era exatamente não pensar em pessoas. De repente, me surgiu uma raiva absurda de todas elas, daquelas de mãe brigando com filho, onde qualquer coisa vira motivo pra mais esculhambação. Que nenhum ser-humano venha pra perto de mim nesse momento. Explodam-se todos! Explodam-se agora e se reconstituam daqui a umas 2 horas, ou menos.
É nessas horas que eu vejo que sou um cara calmo. Ou no mínimo muito solitário que não consegue ficar sozinho em casa e começa a surtar.
To aqui, na minha e vem um monte de neuras e neurinhas. Mas com as neuras que me deixaram surtado, as neurinhas são a pior coisa que pode acontecer. É uma vontade absurda de madar um 'vai te foder então' rapidola, pronto, simples assim, se tivesse feito estaria bem melhor agora.
Vão se foder então! Vão bem rápido, explodam e voltem depois, só pra vocês saberem que tem que se foder agora pra minha raiva poder passar.

Errado

A pessoa que eu conheço melhor sou eu mesmo. Sou meu melhor amigo. Me conhecendo bem, vejo que sou a pessoa com mais defeitos que eu conheço, tenho todos os defeitos que eu posso ter.
De todos que eu conheço, eu sou o cara que sei que mais errou na vida. E bote erro nisso! Conseqüentemente, sei que conheço o cara que mais aprendeu na vida. Erros são provas de ensino, experiência de vida, ferida aberta... Sei que nem sempre tirei 10 nessas provas, sei que não sou experiente o suficiente - se é que existe isso - e sei que não consegui curar todas as feridas, mas sei que já errei bastante.
Sei que ainda teimo em querer todos os amigos do mundo, sei que meu cérebro ainda perde pro coração, sei que sou muito egoísta às vezes, mas sei que já errei muito.
Sei que já caí e levantei várias vezes, sei que já acertei depois de errar muito, sei que sei que nada sei, sei que já errei bastante.
Depois de errar muito, depois de aprender muito e depois de pensar muito, aprendi que ainda tenho que errar muito mais.
Por isso digo que sou um errante nato, que tenho orgulho de meus erros e que tenho um grandes defeitos. E gosto de errar, procuro, fatalmente, errar todos os dias.
Sei que todos meus defeitos valem a pena pelo simples fato que vão me fazer errar e sei que todos esses erros me fizeram ser meu melhor amigo e ver que sou a melhor pessoa que eu conheço. E que a perfeição fique sempre próxima à cada erro, mas nunca mais perto.

Cauã

quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Nem sempre sozinho no escuro

Sempre quis entender as Madrugadas. Elas tem algo que nem um dia inteiro consegue ter. Talvez seja por, nas madrugadas, todos se sentirem meio especiais, onde todos dormem, você está lá, acordado, observando-a, compartilhando sua insônia, seu dia, sua música, seus pensamentos, tudo aquilo que não floresceu durante o dia com ela, a bendita Madrugada.
Nesse clima de que tudo é novo mesmo que você já tenha passado por aquilo várias vezes, ou até diariamente.
Madrugada é descanso, é reflexão sobre o dia, é expectativa de amanhã, é nostalgia das besteiras da semana.
Por isso que ela é tão tão. Porque querendo ou não, todo mundo acaba tendo que viver no dia e, quando pode, viver a madrugada é sempre fascinante!
Queria que o tempo que me sobra na Madrugada fosse o mesmo que não existe de dia. Queria que a criatividade e o turbilhão de pensamentos que surgem depois das 1 hora da manhã fossem os mesmo de 1 hora da tarde. Queria a mesma coragem e vontade da Madrugada, queria a mesma paixão, a mesma intensidade, o mesmo sabor!
Além de tudo, quero que a Madrugada continue Madrugada, não saia disso e que eu continue sempre encontrando com ela assim, casualmente.
Melhor se esses encontros forem frios e chuvosos e nem sempre sozinhos.

Cauã com insônia

domingo, fevereiro 10, 2008

Memórias sonoras

Memórias de seres humanos são fracas. Temos cérebros pequenos e incapazes de armazenar muitas coisas. Somos superiores a muitos animais, eu sei, mas ainda acho nossa memória pífia comparada ao tempo que vivemos e à quantidade de coisas que passamos durante a vida.
A minha, principalmente, é horrível. Ainda não achei um curso que me ajudasse, existem esses de leitura dinâmica, coisa e tal... Queria mesmo era um pra organizar as memórias, lembrar de coisas muito valiosas e não gastar lembranças com coisas avulsas e que ninguém lembra.
Como ainda não encontrei esse curso, me viro tentando aproveitar a que eu tenho. Já cansei de tentar discutir cenas de filmes ou lembrar de nomes de músicas. Músicas pra mim são melodias que não tem nome, são trilhas sonoras que sempre vêm acompanhadas de cenas mirabolantes. Por isso sempre tento escutar música de olhos abertos e, se escuto de olhos fechados é lembrando de alguma cena já existente.
Todos tem aquelas lembranças eternas, que vão levar pro resto da vida, aquelas cenas engraçadas ou tristes que, mesmo que você queira, nunca vão sair da cabeça. Eu tenho as minhas, são muitas. E como a minha memória não é muito boa, pra eu poder lembrar, elas vêm acompanhadas de músicas. É só ouvir uma música, aquela música, que eu lembro da cena. Instantâneo!

Pessoas dizem que quando estão perto da morte elas vêem um filme passar na mente delas, né?
Acho que na hora que estamos prestes a morrer todas essas lembranças que guardamos com muita segurança em nossas cabeças que vêm à tona. São vários momentos que vêm desde a infância e vão até àquele exato momento.
No meu caso, essas cenas viriam acompanhadas de suas respectivas músicas. Seria o set list mais rápido e mais eclético que qualquer dj jamais pensou em tocar! Seria lindo! Tenho tanta coisa bonita e emocionnate guardada nessa memória marromenos... Tanta música bonita, engraçada, estranha e inapropriada...
Se um dia eu puder ter esse filminho passando na cabeça antes de morrer, caso eu morra, morrerei feliz, com um sorriso bonito.
Vai ser tipo abertura de Oscar, onde passam todos os filmes que concorrem. Com drama, comédia, suspense, aventura, horror, terror, pavor, risos, risos, risos... E sempre uma música legal no fundo.
O Oscar de melhor trilha sonora seria meu.


Cauã

quarta-feira, fevereiro 06, 2008

Sonhar acordado, dormir sonhando

Tinha sido um sonho difícil, daqueles que dão muita sede quando se acorda com o lençol no chão e o corpo todo melado de suor. As janelas daquele apartamento mínimo que não tinha parede entre a sala, o quarto e a cozinha estavam fechadas. E ele não precisava. De tão pequeno, conhecia cada centímetro de bagunça que lá existia, sem ter que abrir os olhos e com as mãos amarradas. O problema era que aquela tontura forte de quem se levanta rápido não passava.
Abriu a torneira da pia e pegou aquele copo, que sempre ficava em cima do fogão, e encheu-lhe de água. Tomou três copos cheios e a sede não passou. O sono também não voltou.
A habilidade dele com o apartamento escuro era inversamente proporcional à sua noção de horário, ele não fazia idéia de que horas eram, só sabia que já era noite.

Só que dessa vez seu relógio biológico nunca esteve tão errado. Ele abriu a cortina e uma luz que ele nunca tinha visto tão forte ofuscou seus olhos. E aquela cegueira se juntou a tontura e a sede. Ficou deitado na cama por incontáveis minutos e o brilho daquele sol novo não saia do quarto. Alguma coisa estava estranha.
Ele fitou aquele feixe de luz por outros incontáveis minutos e resolveu encara-lo. Pegou seu lençol no chão, cobriu a cabeça e saiu andando. Bateu a porta do apartamento e desceu as escadas. Nunca tinha visto pessoa parecido com aquele que estava na portaria, o homem ficou o olhando com a mesma cara de espanto.
No primeiro passo na calçada ele caiu, alguém o ajudou, só que ele não conseguia ver o rosto dessa pessoa, algum tipo de sombra encobria-o. Parece que tinha desmaiado e acordado já em pé e longe de seu prédio. Mas o medo era ínfimo comparado àquela curiosidade ensolarada, continuou andando. Todos aqueles prédios não eram estranhos, era a sua vizinhança, só que com uma psicodelia de cores e brilhos nunca antes imaginada.
Reflexos nas sacadas, vidros verdes, carros amarelos, barulho, muito barulho, pessoas falando forte, pessoas que se olhavam, pessoas que não se olhavam, uma orquestra de bocas cantando várias notas inaldíveis ao mesmo tempo. Nunca tinha visto tantas pessoas juntas naquela rua.
E o mais estranho era achar tudo aquilo tão diferente e semelhante ao mesmo tempo, como um déjà-vu.

Ele passou um dia inteiro nesse déjà-vu, andou, andou, andou... Até que escureceu. E as coisas começaram a ficar do jeito que ele era acostumado a ver. E foi começando a fazer sentido, aquilo era o dia, o dia que ele nunca tinha vivido. E de tão impressionado com o dia, começou a estranhar a noite. Sentiu falta de todo aquele barulho, das cores, dos carros, das pessoas.
Correu para seu apartamento, passou pelo mesmo porteiro de sempre, - o qual não estranhou aquela correria - deitou na cama e ficou pensando em tudo que tinha passado naquele dia. Pensou se as pessoas já tinham o visto, pensou em porque o porteiro do dia cheio de luz o olhou estranho e porque o porteiro da escuridão não tinha se importado com o seu desespero.

E de tanto pensar, dormiu. E acabou sonhando que acordava no mesmo apartamento. Só que agora as janelas estavam abertas, com muita luz e nada tão estranho, e pensou: Ele estava acordado e tinha sonhado que conhecia a noite ou ele estava dormindo e tudo que ele está passando durante o dia é um sonho?

Cauã

domingo, fevereiro 03, 2008

o Adeus.

Já não precisas mais de mim, há muito tempo. Siga o vôo sempre mais alto, mais calmo, mais seu. Eu estarei sempre aqui, a observá-lo. Mas nossos bicos já não trocam alimentos. Só nossos olhares, longíquos, permanecerão. Essa casa é tua, eu já não a habito mais.

Feliz amanhã.
Acaná.